domingo, 7 de dezembro de 2014

Teerão

A viagem foi longa com escala em Istambul e chegada ao hotel cerca das 2H00 da madrugada.
Alguma ansiedade por estarmos no Irão e a curiosidade em começar a conhecer a sua capital, levaram-nos à entrada do hotel pelas 9H00 da manhã, onde já se encontrava o nosso guia.
Teerão é uma mega metrópole de 12 milhões de habitantes, um trafego caótico e muita poluição, que aliás sentimos no ar que se respira, enquanto seguíamos na direção da nossa primeira visita.
Museu Nacional do Irão é um edifício recente construído em 1936,e foi projetado pelo arquiteto francês André Godard.
No seu interior possui uma pequena quantidade de peças arqueológicas das eras paleolíticas, neolítica, da idade do bronze, da idade média e dos períodos Aquemida, (700 a 330 A.C.), Seleucida (330 A.C. a 224 D.C.), e Sasanida (224 a 651 D.C.). A ala islâmica a mais recente foi inaugurada em 1996.
Da dinastia de Dário I, (521 A.C.), é possível observar uma pedra com os símbolos das várias regiões, era sua disposição, de após a conquista de novas das regiões, manter nos seus postos os dirigentes das regiões ocupadas, os antigos reis, que foram reconvertidos em sátrapas, uma espécie de governadores, com autonomia para recolher impostos, manter a ordem e zelar pelos dos seus povos.
Para controlar o seu império, que ia desde o Danúbio ao Mar Aral, desde o Nilo ao Ganges, Dário I montou um sistema de informações, conhecido por olhos e orelhas do rei, mas também implementou uma rede de estrada, correios e sistema monetário capaz de gerir um império desta dimensão.
O museu é interessante pela antiguidade das peças expostas, que são na sua maioria proveniente de Persépolis e Pasargadae.
Saídos do museu a pé pela rua adjacente, encontramos o Museu do Vidro e da Cerâmica.
Neste museu que expõe mais vidro que cerâmica, é de realçar um recipiente em cerâmica com 3.000 anos e uma coleção diversificada de frascos para perfumes, que vêm desde o Sec. X (D.C.).
Próximo destino é Golestan Palace, para lá chegar apanhamos um táxi muito velho, que nos deixou na praça Komeny, que não é imã mas foi líder do Irão.
De seguida dirigimo-nos à praça Khordad, que possui um conjunto de edifícios e palácios que são património da humanidade, classificados pela Unesco em 2013, todo o conjunto é murado e rodeado por canais de água das montanhas que rodeiam a a cidade.
Deste conjunto destaca-se a primeira construção, o palácio atribuído ao Xá Abbas I, (1587-1629).
Revela estilos diferentes, pois foram adicionados novos palácios pelos seus sucessores, e que vão desde os azulejos de cor azul e amarela trabalhados nas fachadas, até à profusão de espelhos do último palácio construído no Sec. XIX, denotando a influência da realeza ocidental.
Porque não havíamos ainda almoçado, o nosso guia sugeriu e bem o restaurante tradicional, Timche Akbaryeh no Oudlajan Bazzar, para comer o prato tradicional o dizi, .É um ensopado de carneiro com grão.
Neste percurso passamos diante do grande bazar de Teerão, onde não entramos porque a multidão era enorme e o tempo já era escasso e a perspetiva do almoço era mais aliciante.
Depois de vinte minutos a pé entre ruelas e becos, chegamos ao restaurante, diga-se bem tradicional, já que se come em esteiras. No início foi um banco e mais tarde passou a ser um restaurante, aliás o inverso do que se passa no nosso país.
Acontece é que não fomos servidos. Explicou o guia que tinha pedido para guardar um prato tradicional, o dito dizi, mas tinham-se esquecido e já não havia.
Assim novamente de táxi bem mais velho que o anterior, almoçamos noutro local, próximo do nosso novo destino.
Museu Nacional da Joalharia, fortemente guardado, onde não é permitido fotografar, está no subsolo do banco central do Irão, tem peças valiosas em ouro, prata e pedras preciosas de dimensões grandes e pequenas, da dinastia Safávida, que governou a pérsia de 1502 a 1736.
Esta coleção que contém o famoso diamante Dary-ye-Nur, que significa mar de luz, pesa 182 kilates, de cor rosa pálido, o mais raro e mais antigo diamante rosa já visto, que reduz á escala de pobreza muitas das coleções de joias por este mundo fora.
Fim do primeiro dia em Teerão.
















 


 



 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

    

 





 






 


 


sábado, 6 de dezembro de 2014

Prólogo de uma viagem ao Irão


 

Viajar é sempre bom, enriquece-nos o espirito e mente.

Como dizia o poeta iraniano Rumi "vive a vida como se tudo tivesse sido arranjado para te favorecer".

Todos os anos gostamos de viajar e este ano o projeto era voltar á Asia, onde havíamos estado em 2013.

Contudo o tempo foi decorrendo e eis que nos surge na ideia o Irão.

Médio Oriente, conflitos permanentes, alguns receios e também medos, pelas notícias e informações através da imprensa, mas a vontade de conhecer a civilização persa, terra do imperador Ciro, (640-600 A.C),citado no Antigo Testamento, e berço da civilização ocidental, por onde andou Alexandre – O Grande, (330-323 A.C.), tornou-se um valor mais elevado.

E assim aqui vamos nós em meados de Novembro de 2014.