segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Jordânia - Dana, Shobak, Wadi Musa

 

Dana, Shobak, Wadi Musa

Amanheceu o dia com muito nevoeiro que cobria as montanhas em Dana, não deixando apreciar a beleza da Reserva da Biosfera que é Dana.

Com o objetivo de chegar ao Castelo de Shovak, seguimos pela estrada do Rei, aqui conhecia como Kings Hwy.

Existem registos que os mercadores do Médio Oriente, nos Séc. IV e III A.C. usavam esta via para as suas trocas comerciais.

Tal a sua importância que o Imperador Romano Trajano no Século. I D.C. a mandou reconstruir e melhorar o seu pavimento.

Para proteção das rotas comerciais o Rei Balduíno I, no Século. XII, mandou ali construir um Castelo, que se situa a 1300 metros, que permitia uma observação visual da imensa região do vale ao deserto.

Este castelo está a receber um forte apoio na sua reconstrução sendo visível o número de arqueólogos e operários entregue a tal tarefa.

De volta á estrada do Rei, seguimos em direção a Wadi Musa, cuja grande atração é Petra que contém os vestígios do tempo dos Nabateus.

Ali chegados a primeira tarefa foi documentar-nos dos horários de acesso e informação necessária para os dias seguintes.

Helder Teixeira 








Jordânia - Umm Rasas, Dana


Umm Rasas, Dana

Partimos de Amã com destino a Dana. 
Fizemos um desvio de cerca de 18km para visitar Umm Ar Rasas, uma cidade muito antiga mencionada no antigo e novo testamento. Este sítio arqueológico, com muito ainda por escavar, tem vestígios do século III ao séc IX, da época romana à bizantina e início do islão. De salientar a igreja de Santo Estevão, aonde foram encontrados uma grande dimensão de mosaicos em bom estado, que remontam a 785.
Valeu bem a pena este pequeno desvio!
Regressados à autoestrada do deserto, percorremos  quilómetros e quilómetros de paisagem do deserto arábico, que nos conduziu até Dana.
Dana é um pequeno povoado do séc.XV, quase completamente abandonado devido às duras condições de vida, e que se assiste agora à recuperação das casas centenárias de pedra e lama, muitas delas completamente destruídas. 
Há uma aposta em voltar a trazer pessoas à aldeia com a contrapartida de apoio para a reabilitação das casas abandonadas. Os tradicionais produtos dos agricultores, a azeitona, os figos e as nozes são agora vendidos à organização Jordânia The Royal Society for the Conservation  of Nature a preços bem diferentes dos que eram praticados nos pequenos mercados locais. 
Inserida na Reserva da Biosfera de Dana, aposta-se no desenvolvimento do turismo sustentável. 
E terminamos o dia sentados num pequeno largo falando com os locais e observando os muitos grupos que iam chegando, enquanto bebíamos uma cerveja sem álcool ( aqui não há álcool), comprada na única pequena mercearia .

Nota: O Dana Hotel faz parte de uma cooperativa. O senhor Suleiman Jarad deu-nos o contato Whtatsapp 00962799867769
Maria Emília









 





domingo, 30 de outubro de 2022

Jordânia - Amã, Madaba, Monte Nebo, Al`Maghtas, Mar Morto

 Amã, Madaba, Monte Nebo, Al’Maghtas, Mar Morto


Hoje o dia valeu sobretudo pela exaltação da natureza e das referências bíblicas, deitando para segundo plano os testemunhos da cultura material. Apenas a cidade de Madaba nos fixou nos seus inúmeros exemplares de materiais artísticos, arquitectónicos e urbanísticos. A cidade antiga desenvolve-se em torno da via régia construída à cerca de cinco mil anos. A partir do séc. VI tornou-se um centro importante do cristianismo da região. 


A igreja ortodoxa de S. Jorge, onde se encontra o famoso mosaico bizantino (séc. VI) que retrata a terra santa, da Palestina ao delta do Nilo. A igreja de Santa Maria que está integrada no conjunto arqueológico do séc. VI, tal como outro pedaço de cidade da mesma época, onde podemos observar variados exemplares da arquitetura civil e religiosa com destaque para aquela que é considerada a igreja bizantina mais antiga construída no séc VI, a Igreja Mártires de Ayla. 


Encontramos o Monte Nebo percorrendo estradas com um piso bastante confortável que serpenteavam áridos montes. O lugar de peregrinação, onde Moisés avistou a Terra Prometida e onde acabou por morrer, está transformado numa atração turística com um ar bastante “plastificado”. O que poderia salvar a visita era o alcance visual do espaço envolvente onde se poderia avistar Jerusalém e Jerico, mas a permanente neblina reduz radicalmente o nosso campo de visão. Contudo sentir o peso simbólico que este lugar tem na cultura da humanidade tem algo de reconfortante.


A estrada que nos levou a Al’Maghtas (Betânia) é verdadeiramente impressionante. A aridez lunar das suas ondulares terras amarelas contrastam com a presença dos rebanhos “que comem não sei o quê?”. Aqui e ali vão-se avistando tendas brancas dos beduínos nómadas e poucos são os sinais da presença física humana. 

Betânia é outro lugar que sob o ponto de vista do património construído pouco ou nada acrescenta. Mais uma vez temos que nos socorrer das nossas imagens mentais influenciadas pela cultura cristã, para sentirmos a simbologia das imagens de quando nas margens do rio Jordão, João Batista utilizou essa água como elemento de regeneração corporal e espiritual e batizou Jesus Cristo.

Hoje oJordão está limitado a uns quantos poços e a uma estreita linha de água corrente.


A estrada do Vale do Jordão facilitou-nos a chegada rápida ao hotel O Beach para mergulharmos nas águas salgadas do Mar Morto que se encontram a mais de 400 m abaixo do nível da água do mar. 


Acabámos o dia cheios de fome, sem almoçar, valeu-nos o jantar em Amã no restaurante Hashem, onde comemos maravilhosamente e com poucos dinares Jordano. 


Notas:

1-Para quem viaja solto como nós, sugerimos que façam o percurso inverso ao nosso, isto é, comecem no Mar Morto e acabem em Madaba. Assim as hipóteses de arranjarem locais para almoçar é substancialmente maior.


2-O acesso ao Mar Morto é difícil e caro. As praias púbicas, embora pagas, são mais económicas. Actualmente estão encerradas à dois anos devido ao Covid19.


L. S.



  


    
 


  
  


   










sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Jordânia, Amã, Jerash, Ajloun

                     


  





Amã, Jerash, Ajloun


Ao fim de um dia de viagem tínhamos no aeroporto de Amã à nossa espera um carro novo, ainda com os plásticos de proteção, “oferecido” pela Avis. Seguimos para o hotel com a ajuda preciosa da internet móvel adquirida no terminal do aeroporto. 

No dia seguinte saímos de Amã em direção a Jerash, caminho muito acidentado e trânsito sem regras. 

Em Jerash visitámos a cidade Romana, inscrita na lista provisória do Património Mundial da Unesco.

É uma das cidades Romanas mais bem conservadas por ter sido soterrada pelas areias do deserto durante muitas centenas de anos, até ter sido encontrada por um arqueólogo Alemão no século XIX.

Esta cidade foi fundada no séc. IV a.C. por Alexandre o Grande. Seguida pela ocupação dos Nabateus a que se seguiu a conquista pelo Imperador Romano Pompeu em 63 a.c.. Foi esta ocupação Romana de 63 a.C. a 324 d.C., considerada a época de ouro da cidade. Seguiram-se os Impérios  Bizantino e Otomano. 

A cidade entrou em declínio devido a saques e sucessivos tremores de terra ficando abandonada, e ao longo dos tempos foi ficando soterrada.

Seguimos para Ajloun onde visitámos o Castelo Islâmico construído no cimo de um monte rochoso, rochas essas aproveitadas para alicerçar o castelo. Rodeado por vales verdejantes onde pontificam olivais, vinhas e pomares. No cimo do Castelo em ruínas (também provocadas por tremores de terra), estando neste momento a ser alvo de obras de conservação e restauro. Pudemos ver uma vista fabulosa de 360 graus, onde não nos foi possível avistar Israel devido à neblina provocada pela evaporação do Mar Morto.

Este Castelo foi construído no séc. XII com o propósito de proteger as minas de ferro da região e impedir os ataques das Cruzadas. 

Voltamos para Amã pela estrada junto do Vale do Jordão. 

Na estrada venda de fruta artisticamente exposta. 

Casas nas encostas de Amã repetem o mesmo padrão de construção e de cor. Em todos os terraços grandes depósitos de água, brancos, fazendo lembrar os rolos brancos de forragem que recentemente pontuam os nossos campos. 


a de Freitas










   
     



 















segunda-feira, 24 de outubro de 2022

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

JORDÂNIA 2022

Viagem à Jordânia – 26 outubro a 6 novembro 2022

 



Mapa do itinerário previsto


Estamos de partida para a Jordânia, país situado na margem leste do rio Jordão, terra de muitas memórias, onde a presença humana tem sido constante desde o período paleolítico. Aqui tiveram lugar os assentamentos das primeiras cidades da humanidade e as suas paisagens foram protagonistas de relevantes passagens Bíblicas. 

Vamos tentar desfrutar deste país que possui um vastíssimo património cultural e natural.