domingo, 7 de dezembro de 2014

Teerão

A viagem foi longa com escala em Istambul e chegada ao hotel cerca das 2H00 da madrugada.
Alguma ansiedade por estarmos no Irão e a curiosidade em começar a conhecer a sua capital, levaram-nos à entrada do hotel pelas 9H00 da manhã, onde já se encontrava o nosso guia.
Teerão é uma mega metrópole de 12 milhões de habitantes, um trafego caótico e muita poluição, que aliás sentimos no ar que se respira, enquanto seguíamos na direção da nossa primeira visita.
Museu Nacional do Irão é um edifício recente construído em 1936,e foi projetado pelo arquiteto francês André Godard.
No seu interior possui uma pequena quantidade de peças arqueológicas das eras paleolíticas, neolítica, da idade do bronze, da idade média e dos períodos Aquemida, (700 a 330 A.C.), Seleucida (330 A.C. a 224 D.C.), e Sasanida (224 a 651 D.C.). A ala islâmica a mais recente foi inaugurada em 1996.
Da dinastia de Dário I, (521 A.C.), é possível observar uma pedra com os símbolos das várias regiões, era sua disposição, de após a conquista de novas das regiões, manter nos seus postos os dirigentes das regiões ocupadas, os antigos reis, que foram reconvertidos em sátrapas, uma espécie de governadores, com autonomia para recolher impostos, manter a ordem e zelar pelos dos seus povos.
Para controlar o seu império, que ia desde o Danúbio ao Mar Aral, desde o Nilo ao Ganges, Dário I montou um sistema de informações, conhecido por olhos e orelhas do rei, mas também implementou uma rede de estrada, correios e sistema monetário capaz de gerir um império desta dimensão.
O museu é interessante pela antiguidade das peças expostas, que são na sua maioria proveniente de Persépolis e Pasargadae.
Saídos do museu a pé pela rua adjacente, encontramos o Museu do Vidro e da Cerâmica.
Neste museu que expõe mais vidro que cerâmica, é de realçar um recipiente em cerâmica com 3.000 anos e uma coleção diversificada de frascos para perfumes, que vêm desde o Sec. X (D.C.).
Próximo destino é Golestan Palace, para lá chegar apanhamos um táxi muito velho, que nos deixou na praça Komeny, que não é imã mas foi líder do Irão.
De seguida dirigimo-nos à praça Khordad, que possui um conjunto de edifícios e palácios que são património da humanidade, classificados pela Unesco em 2013, todo o conjunto é murado e rodeado por canais de água das montanhas que rodeiam a a cidade.
Deste conjunto destaca-se a primeira construção, o palácio atribuído ao Xá Abbas I, (1587-1629).
Revela estilos diferentes, pois foram adicionados novos palácios pelos seus sucessores, e que vão desde os azulejos de cor azul e amarela trabalhados nas fachadas, até à profusão de espelhos do último palácio construído no Sec. XIX, denotando a influência da realeza ocidental.
Porque não havíamos ainda almoçado, o nosso guia sugeriu e bem o restaurante tradicional, Timche Akbaryeh no Oudlajan Bazzar, para comer o prato tradicional o dizi, .É um ensopado de carneiro com grão.
Neste percurso passamos diante do grande bazar de Teerão, onde não entramos porque a multidão era enorme e o tempo já era escasso e a perspetiva do almoço era mais aliciante.
Depois de vinte minutos a pé entre ruelas e becos, chegamos ao restaurante, diga-se bem tradicional, já que se come em esteiras. No início foi um banco e mais tarde passou a ser um restaurante, aliás o inverso do que se passa no nosso país.
Acontece é que não fomos servidos. Explicou o guia que tinha pedido para guardar um prato tradicional, o dito dizi, mas tinham-se esquecido e já não havia.
Assim novamente de táxi bem mais velho que o anterior, almoçamos noutro local, próximo do nosso novo destino.
Museu Nacional da Joalharia, fortemente guardado, onde não é permitido fotografar, está no subsolo do banco central do Irão, tem peças valiosas em ouro, prata e pedras preciosas de dimensões grandes e pequenas, da dinastia Safávida, que governou a pérsia de 1502 a 1736.
Esta coleção que contém o famoso diamante Dary-ye-Nur, que significa mar de luz, pesa 182 kilates, de cor rosa pálido, o mais raro e mais antigo diamante rosa já visto, que reduz á escala de pobreza muitas das coleções de joias por este mundo fora.
Fim do primeiro dia em Teerão.
















 


 



 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 

    

 





 






 


 


sábado, 6 de dezembro de 2014

Prólogo de uma viagem ao Irão


 

Viajar é sempre bom, enriquece-nos o espirito e mente.

Como dizia o poeta iraniano Rumi "vive a vida como se tudo tivesse sido arranjado para te favorecer".

Todos os anos gostamos de viajar e este ano o projeto era voltar á Asia, onde havíamos estado em 2013.

Contudo o tempo foi decorrendo e eis que nos surge na ideia o Irão.

Médio Oriente, conflitos permanentes, alguns receios e também medos, pelas notícias e informações através da imprensa, mas a vontade de conhecer a civilização persa, terra do imperador Ciro, (640-600 A.C),citado no Antigo Testamento, e berço da civilização ocidental, por onde andou Alexandre – O Grande, (330-323 A.C.), tornou-se um valor mais elevado.

E assim aqui vamos nós em meados de Novembro de 2014.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

DEZEMBRO_calendário 2014


DEZEMBRO

Dezembro de December (décimo mês, de decem).

Os campos cheiram a humos que renascem dos despojos que vestiam as árvores cujas hastes nuas, recortando o horizonte, se erguem em preces como esqueletos à espera de nova personagem. Se as olharmos deitados no chão entre nós e o céu fica um teto feito de rede negra que nos aprisiona.

Os jarros, flores solitárias, também chamadas “lírios da paz”, despertaram e romperam a terra com o seu caule e folhagens verdes lisas. No seu cume desabrochará, alva em leque fechado, copo pontiagudo e macio uma espécie de representação da virtude aberta para o céu protegendo a perfeição fálica do amarelo sol que despertará no início do próximo ano. Apetece perguntar porque regressam as suas folhagens quando o sol deixa de queimar e aguardam a floração para quando o sol começa a deixar de ser tão raro.

Hirtos e mudos os jarros, ainda sem flor, vociferam: - Nós trazemos pedaços de sol das entranhas da terra em mudas melodias tóxicas que representam a paz.

- Porque é que a planta que simboliza a paz é tóxica? Questiona intrigado o inocente pardal.

- É para se defender dos predadores. Responde a astuta lagartixa dissimulada entre folhas e pedras que se confundem com a sua cor.

Porque se a paz não é só a ausência de guerras, devemos aos mais novos a aprendizagem de viver os conflitos em harmonização o que, em parte, está na natureza do jarro.

Em Dezembro, o derradeiro mês do calendário que marca o tamanho do espaço da dança da terra em redor do sol, quando tudo parece mais sombrio e adormecido, é o tempo de procurarmos o nosso oculto sol nos humos dos despojos da existência pretérita.

Tomemos como avisada a existência contraditória do “lírio da paz” pois somos semente e fruto de um imenso mistério.
 
 
 

 

terça-feira, 4 de novembro de 2014

TRAVESSIA_Anotação I


TRAVESSIA anotações
As palavras são guardadoras das experiências de cada um. O que cada um guarda dentro delas será diferente e único, por isso, através delas, essa recriação das experiências, nesta travessia pode acrescentar ao mundo outros mundos.
Por outro lado, provavelmente, já estará tudo relatado mas, como em cada um há uma espécie de recomeço assim se transforma cada retorno numa repetição única.
Creio que há palavras que exalam imagens e soltam desenhos e também suponho que há desenhos e imagens que nos inundam de poesia e narrativas e essa alquimia talvez sejam as pontes possíveis entre a estepe da experiência e a floresta de ser. Haverá ainda para além da estepe e da floresta de cada um, o deserto e esse será o cenário que se avista em toda esta travessia e que só é alcançado quando nos encontramos com o seu fim.  
Mas há também um abismo entre aquilo que é e as palavras. Abismo entre a palavra dor e a dor indizível, entre a palavra amor e o amor indiscritível, entre a palavra vida e a vida indecifrável.

Anotação I
Finalmente a Cica revoluta que também é conhecida por sagu, palma-de-Santa Rita ou palma-de-Ramos revelou-se uma fémea.
Decorreram alguns anos desde que, ainda pequenina, foi plantada no local aonde está. No quintal, virada a nascente para que, em todas as estações do ano, possa usufruir de boa exposição solar. Inicialmente eram duas que, contíguas se impunham exibindo a sua côncava campânula circular verde sobre uma cilíndrica base atarracada ao chão. Duma delas, passado algum tempo, junto ao sopé do tronco brotou uma gémea. Na tentativa de aumentar a prole foi tentada a separação. Resultado, a que se retirou e replantou acabou por sucumbir mas do local amputado voltou a rebentar a gémea ainda com mais fulgor. Face às forças da natureza as gémeas foram crescendo digladiando-se para harmonizar as folhas que irrompiam de cada uma. Sempre que o emaranhado ficava mais caótico a poda tentava repor o corpo de cada uma. Uma delas viu-se forçada a crescer inclinada dado que a mais desenvolvida não abdicou da sua posição vertical.
Assim foram crescendo as gémeas e a solitária afastadas quanto baste para que entre as suas folhagens se possa passar. Do seu centro, hirtas iam saindo tenras folhas que à medida que cresciam ligeiramente se horizontalizavam empurrando as mais velhas em direção ao chão. Olhando-se para elas o seu corpo configura-se num circular leque que nos recorda muitas saias invertidas num desassombrado erotismo. 
Aparentemente o seu centro era igual. A mesma cor, o mesmo volume e a mesma textura aveludada. Nem sinais de fémea nem de macho, assim imberbes se foram passando os anos.
Recentemente, numa das gémeas, um invulgar inchaço exuberante irrompeu do seu centro como um ovo gigante pontiagudo coberto por folhagens aveludadas, quase plumagem em forma de sobrepostas labaredas que parecem suplicantes mãos erguidas aos céus. O ovo avolumou-se e prenhe começou a esgaçar. A plumagem alvoraçou-se e as labaredas coladas separam-se. Por essas nesgas ficaram visíveis, num tom rosado de salmão, quase maduras as suas crias. Estava prenhe e prestes a dar à luz os seus embriões. No seu papel de mãe, as folhas da Cica revoluta foram perdendo a verticalidade, foram-se abrindo para espaço darem às sementes que amadureciam no seu ventre.   
As suas folhas espinhosas irradiam proteção e formam em torno do seu centro uma auréola de verde forte. Nada é liso, tudo parece serenamente assanhado. Formas angulosas e pontiagudas alinham-se com um rigor que explode em cada folha. Esta planta tem um aspeto arbóreo, no entanto é considerada um arbusto. É uma das plantas mais antigas do mundo.
Contemplo com emoção os embriões em forma de sementes que a Cica tão bem protege. Aguardo a hora do parto quando preparados se sintam para cair à terra e nela encontrarem outra mãe que acolha o seu outro nascimento. Sinto-me responsável por eles e a minha ignorância tento colmatar para melhor corresponder à responsabilidade pelo seu futuro. Porque não estão localizadas num ambiente do seu reino uma vez que os seus progenitores agarrados estão a um jardim dominado por humanas conveniências não será fácil ali vingarem. Assim ali dependentes estão da humana intervenção. Por isso lhes devo proteção.
 
 

domingo, 26 de outubro de 2014

NOVEMBRO_calendário 2014


NOVEMBRO

Novembro de November (nono mês, de novem, e data dos jogos plebeus (latim Ludi Plebeii), um festival em homenagem a Júpiter). Júpiter (em latim, Iuppiter) é o deus romano do dia, comummente identificado com o deus grego Zeus. Também é chamado de Jove (Jovis). Na mitologia romana Júpiter é o pai do deus Marte. Assim, Júpiter é o avô de Rômulo e Remo, os lendários fundadores de Roma. Júpiter é filho de Saturno e Cibele.

Os jogos (Ludi) incluíam performances teatrais ( ludi scaenici) e competições desportivas.

As flores brancas da magnólia de folha perene, por esta altura, já cumpriram o seu ciclo abandonando-se em queda, pétala a pétala e, no seu lugar perpetuam-se com uns casulos rugosos e ásperos guardiões de secretas sementes em forma de lágrimas escarlates que escorrem dos seus alvéolos. É tempo de os contemplar como se de deuses se tratassem guardiões de efémeras eternidades.

Os melros, esses permanecem sempre por aqui. Sentinelas dos ares remexem as terras para angariarem sustento que a escassez de frutos obriga. Sabem que tudo é transitório e que em breve os frutos chegarão.

O frio morde e as oliveiras que com ele amadurecem o néctar doirado em cachos negros luminosos pendentes de troncos cheios de morte aparente. Corroídos de cavernas repletas de tempo aparentam-se alheias à vida como velhos em estado de vigília sonolência fingindo não verem nem ouvirem tudo o que já sabem. Do seu interior saem séculos que vêm dos inícios do tempo gravados nas suas esbeltas rugas que esperam, sem pressa, que umas mãos as sintam.

É chegado o tempo de compreender a textura do tempo em estado sólido. 
 
 

 

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

OUTUBRO_calendário 2014


OUTUBRO

Outubro veio simplesmente de October (oitavo mês, de octo).

Em Outubro aqui tudo começa a arrefecer e abre as portas ao Outono. As folhagens caducas anunciam a sua já próxima jornada de amadurecimento. Umas seguem lentamente o caminho até ao ofuscante amarelo outras seguem daí até ao castanho, outras ainda cavalgam para o carmim e assim rubras se irão acastanhar também.

No Verão as árvores caducas vestem-se de verdes frescos e no Outono aconchegam-se de tons quentes antes de chegar a hora de adormecerem e ficarem nuas. As folhagens resistirão ao vento por mais algum tempo, mas sabem que a terra as espera como vestes criadoras num ciclo misterioso.

Nos lagares mosto fermenta e alcooliza-se em néctares dos deuses e, em breve, terá o poder embriagante das musas perdidas nos mares. Delas nem sinais neste cabo abandonado. Volta o silêncio do esquecimento nas ruas desertas e as ervas daninhas abrigadas do excesso de sol saiam da hibernação e começam a despontar, entre as pedras da calçada, abençoadas pela frescura da terra, qual aveludado tapete verde erva.

Os búzios vazios secam no alpendre e guardam os uivos das tempestades que se aproximam. As ondas já ecoam e invadem todo o cabo. As dunas começam a ser novamente esculpidas pelas nortadas.

O outono dos ciclos prepara-nos para o da vida.

É por isso importante escutar as entranhas do mês de Outubro, deixá-lo repousar-se e abrigar-se em nós como gruta protetora de mendigo.



 

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

SETEMBRO_calendário 2014


SETEMBRO

Setembro vem de Septem, que em latim significa "sete". Era, portanto, o sétimo mês do calendário antigo. Parece que temos aqui um falso “sete” que atualmente é “nove”.

No quintal o castanheiro-da-índia, talvez por estar afastado do seu habitat original, é o primeiro a ficar despido de folhagens. O calendário está-lhe na seiva e não falha aos sinais, ainda débeis, dos raios solares novamente em percurso de declive.

As andorinhas começam a ensaiar a longa viagem, estão de abalada para locais mais quentes. Todos os pássaros já procriaram e as suas crias já estão preparadas para enfrentar o futuro.

Comem-se as últimas sardinhas assadas que já cheiram a saudade. À noite o ar com aroma salgado da Costa do Norte rasga os restos de calor e faz-nos sentir falta de um agasalho para aconchegar os corpos que já respiram saudades de se vestir de mar.

É tempo de olhar para o chão. As formigas intensificam a sua azáfama porque o tempo de amealhar urge. Neste hemisfério e nesta latitude aproximam-se tempos de escassez. As formigas combatem a suas vulnerabilidades com sapiência aforradora e constroem palácios subterrâneos. Lutam contra o tempo cumprindo também o seu calendário.

Nesta altura apetece perguntar porque é que o tempo comanda a vida?

 

terça-feira, 22 de julho de 2014

AGOSTO_calendário 2014


AGOSTO

Antes era Sextilis, "o sexto mês". De acordo com o historiador Suetónio, o nome Augustus foi adotado em 27 a.C., em homenagem ao primeiro imperador romano, César Augusto (63 a.C.-14 d.C.). Augusto: Vem do latim Augustus e significa "sublime" ou mesmo "sagrado".

Augusto Agosto repleto de dias grandes em que a luminosidade ferve, transborda e cega, tudo enche e faz estalar de secura.

Os corpos humedecem e esperam que as brisas do fim de tarde temperem a acidez das peles. As sombras são paraísos que acalmam a agrura de estar dentro do corpo. A água salgada espraia-se em labaredas de frescura, tempera o olhar e acalma os incêndios que afligem os corpos refugiados pelos areais.

Durante o dia as palavras escasseiam sobre os sons secos do restolho a voar pelo ar que estremece. Espera-se a hora do poente para que, em contraluz, tudo fique visível em silhuetas negras com fundo vermelho alaranjado.

À noite, no campo, ouvem-se as cigarras em silvos contínuos de aflição a ecoar pela escuridão misturando-se com a bênção das maresias que chegam lentamente da costa marítima. Essas gotículas minúsculas de invisível aroma aveludado que tudo enchem de silêncio para ouvirmos as estrelas sabem que o seu destino as roubou aos mares e as levará para os céus. Dizem muito baixinho, em jeito de promessa, que voltarão daqui a algum tempo.
 
 

quinta-feira, 19 de junho de 2014

JULHO_calendário 2014


JULHO

Chamava-se Quinctilis e era simplesmente o nome do quinto mês do antigo calendário romano. Até que, em 44 a.C. o Senado romano mudou o nome para Julius, em homenagem a Júlio César. Como todos os homens de poder raramente são realmente importantes vamos reportar-nos à primeira origem numérica do seu nome (ex quinto) e fomos à procura da sua ordem atual, sete.

Parece que o número SETE é sagrado, perfeito e poderoso, atribuindo-se isto tudo a Pitágoras.

Da rápida pesquisa encontrámos muitos “setes” que atestam a magia acumulada pelos tempos.

Começando pela atualidade o jogador número 7, CR, garantiu que, em 2014, Portugal esteja no mundial do Brasil. Acresce que a independência do Brasil também aconteceu num dia sete. A RTP também nasceu no dia 7. Na Grécia havia sete sábios. Também tinham sete virtudes humanas. Há os pecados capitais que são quantificados, de acordo com a igreja Católica, em sete. Também têm em oposição as sete virtudes divinas. Os sacramentos também são sete. Ele é o número da perfeição divina, pois no sétimo dia Deus descansou de todas as suas obras. Entre os judeus a conceção do SETE manifesta-se no candelabro de sete braços (MENORAH). No Egito listaram-se sete pragas. Há expressão popular “fechado a sete chaves” que faz jus a este número. São também sete, as notas da escala diatónica. As cores do arco-íris também são sete. O carnaval ocorre sempre 7 domingos antes do domingo de Páscoa, e são sempre sete os dias de todas as semanas. Na sueca a carta 7 não é padrão como as outras e, no dominó jogamos com sete pedras na mão. A Branca de Neve e os Sete Anões. Diz-se também que o gato tem sete vidas. Há os sete mares. Para além das sete colinas de Roma também se enumeram em sete as colinas de Lisboa. Em 1923, o "Manifesto das Sete Artes", listou, pela primeira vez, o Cinema como a "sétima arte".

Mesmo que a enumeração não dê certo com o sete arranja-se maneira de lá caber o que aspiramos e quando procuramos um número que dê alguma transcendência ao que pretendemos aí vem ele e já está!

Vivemos num mar de símbolos à deriva e tentamos navegar em frotas de analogias, salvadoras bússolas da viagem em que somos estranhos em nós.

As crias das andorinhas ensaiam a liberdade de navegar no ar. Preparam, sem saber, a viagem que em breve as levará para muito longe, para o desconhecido. Cumprirão o seu calendário, guiadas por um faro apuradíssimo.

Certamente não entenderão o fascínio que ao longo dos tempos concentramos no número sete. Nós também não temos outra razão senão a força simbólica que lhe atribuímos. É o nosso refúgio alegórico idêntico ao delas quando regressarem no ano seguinte ao ninho do ano anterior.

Olhei-as contemplando o brilho negro e branco do seu porte esguio fazendo voos rasantes e ameaçadores a quem se aproxima do seu ninho. Será que voltaremos a cruzar os nossos olhares, pensei eu.

- Estaremos de volta, aproximadamente daqui a sete meses. Gazearam-me elas.

sábado, 17 de maio de 2014

JUNHO _Calendário 2014


JUNHO

Os Fastos de Ovídio terminam com as referências às festas religiosas realizadas em Junho, Iunius mensis, dedicada à deusa Juno da mitologia romana e Hera na grega. Em Roma esposa de Júpiter e rainha dos deuses. Ela era a guardiã do casamento e do bem-estar de todas as mulheres.

Mas se o mês anterior poderia ser dedicado aos maiores /Maius (aos mais velhos), nada estranho que o mês de Junho tenha origem de iuniores / Iunius (jovens). Segundo os romanos, o mês de Junho provém de iuvenis - jovem. Outra hipótese refere-se ao verbo iungo (jungo), conjugação latina; juntar, unir, reunir, pois foi neste mês que, depois de muitas guerras, os romanos se juntaram aos sabinos após o rapto das sabinas, unindo-se numa só nação. Nesta aceção, Junho viria do verbo iungere. Homenageava-se também neste mês a deusa romana Vesta de caráter muito arcaico que presidia ao fogo sagrado. Mantinha-o acesso e assim unia a alma da cidade e o ânimo dos romanos.

Seja qual for a origem do nome deste mês, aqui estamos no meio da representação do tempo anual onde, já sem deuses, se esvai a catarse pelo desmoronar da tragédia. Ergue-se o drama do zénite como alvorada de próximo e repetido envelhecer de mais um ano.

O espaço do que passou é igual ao que resta. Por isso, em Junho, é bom prolongar os dias e não perder nenhuma gota das luzes que saciem as flores com as águas perdidas de todas as lágrimas.

A glicínia alastra espalhando gaviões de vida e nos aromas dos seus lilases cachos suspensos saem labaredas de energia que as abelhas recolhem.

- Olha que o teu olhar me faz tão bem, ramalhou efervescente. Fiquei encantada com o seu reconhecimento e agradecida pelo bem-estar que me tem dado.  

Se escutarmos bem todas as plantas e flores imploram a nossa dádiva de água e não temos como negar-lhes o prazer de nos reavivarmos mutuamente entrelaçando assim as nossas efémeras vidas em amadurecimento.
 
 

terça-feira, 6 de maio de 2014

As minhas malvas de estimação


As minhas malvas de estimação
Hoje faz 30 dias que o meu amigo partiu e, por isso, será celebrada cerimónia religiosa.

A última flor que me deu foi uma malva. Levou-ma a última vez que me visitou em Sines. “Ir para as malvas” significa morrer. Olho para ela e recebo sempre de volta o seu perfume cativante e nele está guardado o meu amigo.
Gosta de estar onde a coloquei, num vaso grande, por baixo da magnólia. Dela já reproduzi mais sete e todas vingaram para a vida. Umas estão na Fonte Mouro, perto da Ilha do Pessegueiro, num monte soalheiro no Verão e varrido pelas nortadas marítimas no Inverno. Dali o horizonte é largo e a natureza não é meiga. As outras vieram comigo para Lisboa e aqui me farão companhia, no pequeno jardim aconchegadas pelas ameixoeiras.

São flores corajosas e despretensiosas. Obrigada amigo.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

MAIO_calendário 2014


MAIO

No início do poema dedicado ao Maius, Ovídio apresenta uma discussão sobre o nome do mês, sugerindo várias hipóteses. Na primeira hipótese, o nome do mês poderá estar relacionado com a deusa Maia (pequena mãe), responsável pelo crescimento das plantas, mãe de Mercúrio que era protetor da medicina e das ciências ocultas. Por esse motivo, Maius era chamado "o mês do conhecimento". Outra possibilidade descrita pelo poeta refere-se ao facto de que o mês era também dedicado aos antepassados: aos Maiores, ou seja, aos mais velhos. Havia, neste mês, uma festa dedicada aos que já haviam partido: os Lêmures, almas dos mortos que aguardavam o descanso eterno. Ovídio não toma partido pela origem que poderá ser a mais acertada.

Já nesse tempo, os tempos vão comendo as origens e quem vai chegando acede só ao que resta.

Nesta altura do ano há sempre um lastro de trovas pelos ares. Maius maduro Maius ouve-se em coro rochoso quando ao entardecer se percorre o areal despovoado de S. Torpes ou da Vieirinha. As rochas sabem-no bem porque o seu conhecimento é fruto da experiência das cíclicas vivas marés. Fixas, pesadas e brilhantes quando molhadas respiram passados vulcânicos guardados em relíquias sedimentares que agasalham todos os rugidos da construção do universo em si.

O Mauis está ali nelas, efervescente como a espuma salgada que vai dançando e desfazendo-se e, vem crescendo espraiando-se em abraços de acumulada sabedoria.

Por isso, em Maio, deve ouvir-se à exaustão a densidade das rochas e voltar a ler-se todos os poetas.
 
 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Nesta Primavera o Vitor foi em viagem

Nesta Primavera inesperadamente um amigo partiu crente na viagem da sua alma. Desejo que ela se esteja a concretizar porque quem assim acredita a merece. Por mim quem parte, fica diluído e impresso dentro daqueles com quem criou memórias. Ele ancorava-se numa fé e acreditava em explicações para a nossa existência que estão para além da minha compreensão. Há múltiplas formas de lidar com o mistério da vida porque ele nos ultrapassa a todos, crentes e não crentes. Mas isso pouco importa porque com ele aprendi que, quando há espaço para se partilharem as certezas de cada um, se alimentam e crescem as dúvidas de ambos e são elas, as eternas perguntas, que dão sentido à vida com indagação. Assim, talvez, menos certezas darão mais paz nas probabilidades da inexata humana matemática.

Deliciosa é a diferença que consegue unir.
PS: Achei graça ao modo como esta árvore tem sido podada.  Recorda-me que somos "(...) somos jardineiros e não flores".
 

terça-feira, 18 de março de 2014

ABRIL_calendário 2014


ABRIL

O quarto livro de Ovídeo diz respeito a abril (aprilis, -is, s. m.) que, a princípio, era o segundo mês do ano romano. Dedicado ao culto da deusa Vênus, deusa da vegetação e da fertilidade.

Numa primeira explicação, o poeta das Metamorfoses refere-se à deusa grega Afrodite, cujo nome se prende à espuma do mar, o que teria dado origem à forma aprilis.

Eu (Ovídio) acredito que o mês de Vénus está registado na língua grega. A deusa foi denominada a partir da espuma do mar.

A segunda explicação utilizada pelo poeta é de que o nome de abril provém do verbo latino aperio, que na sua primeira aceção significa “abrir”; os antigos gramáticos criaram a forma aperelis < aperio, para explicar o nome do mês Aprilis.

Segundo Ovídio, neste mês a primavera abre a natureza, fazendo-a desabrochar.

Na verdade, porque a primavera abre então todas as coisas, e a aspereza densa do inverno cai e a terra desfigurada se abre. Aqueles lembram que o mês de abril é chamado a partir do tempo desabrochado, o qual a venerável Vênus reivindica com a mão colocada em cima.

Nesta zona do planeta, em Abril, os raios solares deixam de ser tão escassos e rasantes. Caminham para a verticalidade, aquecem os ainda húmidos solos, acordam a efervescência germinativa e consuma-se a fuga das trevas num parto tresloucado. As sementes e as árvores adormecidas sentem o tempo do seu ciclo e sabem que chegou a solene hora de se rebentarem em louca construção de existência derramando-se em florescências. Desabrocham em cores fulminantes cheias de néctar desafiando todos os olhos ainda ofuscados pela penumbra.

No quintal a araucária tem uma altura que ultrapassa em muito a cumeada da casa. Deve ter perto de cinquenta anos. Está hirta na sua triangular simetria qual seta afiada apontada ao céu. Pelo seu porte e postura impõe-se como a sénior do quintal. Por ela quase não se sente a passagem das estações do ano não fora as sementes que liberta das pinhas nos finais de cada Verão. Tudo nela é de uma geometria que arrepia ao ponto de não oferecer resistência ao vento norte que por ela passa quase sem impacto. 

Olha-se para ela e sabe-se que vê tudo de um ângulo quase maternal porque ela não adormece e, de certeza que, na sua vigília, conhece todas as “portas que Abril abriu”.
 
 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

MARÇO_Calendário 2014


MARÇO

O termo vem de Martius, deus Marte, dá o nome a este mês e é em simultâneo “patrono” da guerra e das sementeiras.

Era o primeiro mês do antigo calendário romano. Segundo a tradição, Rómulo, o primeiro rei de Roma, organizou o primeiro calendário romano, de natureza lunar (isto é, composto por dez meses) e resolveu homenagear seu pai mitológico – o deus Marte -, dando-lhe as honras deste mês.

Ovídeo descreve-o assim: “Ó Senhor das armas, de cujo sangue eu creio que nasci – e, para que seja assim considerado, darei para ti uma garantia certa – atribuímos a ti o princípio do ano romano: que o primeiro mês venha do nome de meu pai”. O ano primitivo dos romanos começava em março porque nesta época ocorria, no hemisfério norte, onde se situa a cidade de Roma, o desabrochar da primavera que vai eclodir no mês seguinte.

 Há animais que têm a primavera dentro de si, as osgas são um deles. A osga que, todas as noites, procura alimento junto à luz da minha varanda tem uma vida cíclica, pacata, silenciosa, aparenta evitar confusões e, sobretudo, não usa gestos desnecessários. Prepara as suas capturas infalíveis, fixa numa imobilidade originada pela escolha da melhor localização. Podemos aprender muito com as osgas.

 De sementeiras sabem os pássaros e as abelhas. Uma andorinha acabada de chegar escreveu numa nuvem em trânsito: - Sementeiras de ideias que iluminem precisam-se nesta “era do vazio” onde escasseia o cheiro a terra nas narinas e nas mãos das crianças.

Olhei a nuvem que seguia a sua trajetória atraída pela força do vento sul e observei que a missiva da andorinha ainda não tinha terminado: - Ideias que possam não ser invasoras, que fertilizem e possam gerar outras ideias, que multipliquem a possibilidade da tristeza que alivia e da alegria que desatola e faz voar todas as sementes.

A nuvem abalou e eu fiquei a pensar na vida migratória das andorinhas e achei que as sementes das ideias que iluminam deviam ser como elas, procriarem, emigrarem e regressarem para um novo ciclo renovador.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

FEVEREIRO_ Calendário 2014

                                                                      FEVEREIRO
O termo vem do latim februmm, que significa "purificar" e tem origem num ritual de purificação romano, chamado februa. O segundo livro de Ovídeo refere-se a fevereiro, em latim, Februarius mensis, que é o mês reservado às cerimônias de purificação e expiação denominadas Februa.
O gato do vizinho gosta muito do meu quintal. Talvez atraído pelo ambiente meio selvagem e desordenado em que as coisas espontâneas que o vento vai espalhando convivem com as plantações que o acaso e a ignorância minha vão ditando. Uma minúscula floresta, um compromisso entre a ocupação humana e a ação das forças da natureza. Creio que, talvez por tudo isso, ele o considera um local meio selvagem, apetecível e purificante.
O gato quando pressente que o observo pela janela esconde-se atrás de um arbusto. Sei que me está a ver. Pelo meu olhar incisivo e vago deve ter percebido que andava às voltas com questões da existência. Antecipou-se a qualquer reação minha e desafiou-me:
- O que vocês humanos já aprenderam com as aves e os insetos para poderem dominar a gravidade e criar asas e mecanismos que vos poem a voar?
Fiquei surpresa com a sua algo invejosa intromissão mas mantive-me expectante para ver o que se seguiria. Saiu sorrateiro da penumbra, baixou a cabeça, olhou em frente e começou lentamente a dirigir-se para o portão. Sabia que eu, da janela, o estava a seguir. Perto do local que lhe assegurava maior segurança olhou para cima e voltou a questionar-me como se pudesse agora radiografar o meu pensamento:
- E porque te ocupas com a questão da purificação? Porque será que a espécie humana acolhe a ideia de se tornar pura. O que será purificar-se? Só pode ser libertar-se de impurezas, e o que consideram impurezas?
Fiquei a pensar nas dúvidas do gato. De facto, estas são questões movediças e gelatinosas que vão mudando e tomando forma ao sabor dos tempos e dos contextos. Em torno delas a espécie humana tem tentado edificar o que será ou não impuro e o que pertence à categoria do mal. Essas construções têm acrescentado impurezas que atormentam a humanidade e a cegam de desejos de pureza.
A magnólia estava atenta na sua condição de viver fixa e poder usufruir da terra simultaneamente através da atmosfera aérea e subterrânea. Deixou que o vento me fizesse chegar e que a brisa do mar me traduzisse a sua missiva: - Estou em crer que os vossos atos de purificação devem ser anteriores à consumação das impurezas e, assim sendo, só podem ser atos de pensamento e reflexão.
O gato que ainda estava em cima do muro olhou satisfeito e grato para a magnólia que o tinha ajudado naquele jogo purificante.
E eu, apoiada pelo gato e pela magnólia acho que a ideia de pureza é capaz de ser uma coisa bastante impura. 
 
 
 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Malaca


 
Iniciamos cedo a nossa viagem de Kuala Lampur a Malaca, com um tour em Lisboa e para espanto nosso aguardava-nos um táxi com um motorista de origem chinesa e um guia de origem indiana – Sr. Godwin Miranda.

Conhecia bem os costumes portugueses já que havia tido um professor na escola primária chamado Teixeira.

De Kuala Lumpur a Malaca são duas horas e meia, que serviram para em conversa nos esclarecerem por razão havia tantas plantações de palmeiras alinhadas e a perder de vista.

A produção de óleo de palma é bastante lucrativa, pelo que, os agricultores, incendeiam a selva matando flora e animais, para plantarem esta palmeira.

Acontece que o orangotango foi quase extinto da selva malaia com estas queimadas, denunciadas por Bruno Manza, fundador de uma organização para a sua proteção e que desapareceu anos mais na selva.

Chegados a Malaca iniciamos a nossa visita pela capela de S. Peter's - para nós S. Pedro, já que aqui encontramos sepultados portugueses do século 19 que aqui viviam. A igreja é bastante austera e com um altar comum ao que se usa nas aldeias portuguesas.

Prosseguimos a visita pelo um templo chinês que foi construído pela mulher do sultão de Malaca que era de origem chinesa.

Antes da chegada dos portugueses, a presença dos chineses já era muito forte nesta cidade que realizado um forte comércio com a China, e para selar essas relações o sultão casou com uma princesa chinesa, a quem ofereceu oito mil hectares de terreno. Nesse terreno construiu um poço que fornecia água à população local. Quando os portugueses aqui chegaram os malaios envenenaram o poço para os matar. Mais tarde os portugueses fizeram o mesmo aos holandeses.

De seguida fomos até Kampung Mortan ver a Vila Santosa com casas de 1920 de construção típica malaia, todo este trajeto realizado por um canal e de barco, onde pudemos ver uma iguana a nadar. 

Saídos do mesmo chegamos a uma praça, considerada a zona histórica onde se situa a igreja luterana do tempo de ocupação holandesa - Christ Church.

Nesta praça pode-se alugar uns “tuc-tuc” de Malaca, que são bem "pirosos".

Subindo em direção á igreja de S. Paulo, construída pelos portugueses, que tem á sua frente a estátua de S. Francisco Xavier, ali sepultado durante nove meses, após a sua morte na China, sendo enviado depois para Goa.

Desta igreja avista-se a porta de Santiago, a única entrada que resta da fortaleza portuguesa, conhecida como a Samosa.

De seguida uma visita á zona histórica da cidade, onde se pode apreciar a mistura de arquiteturas chinesa, portuguesa, malaia, holandesa e inglesa.

Aqui alguns  restaurantes oferecem pratos portugueses com ingredientes chineses.

Ainda houve tempo para nos arredores visitar um bairro, ao que dizem, com os descendentes de portugueses que foram ficando, reparamos que a toponímica e o nome de alguns restaurantes em português, embora os residentes. Com quem tivemos a oportunidade de conversar, são cerca de 2.000, já muito dificilmente pronunciam uma frase completa na língua de Camões.

Após esta visita retorno a Kuala Lampur.











 

Taman Negara a Kuala Lampur


 

O barco de regresso a Kuala Tembeling parte de Taman Negara às 9H00M, agora no sentido da vazante do rio.

O facto de ser início do dia permite-nos a observação da neblina matinal que sobe do rio para a selva, o que misturado com o som dos animais, torna a paisagem fascinante e desperta-nos a atenção para qualquer movimento insólito.

Assim acontece quando deparamos com algumas lontras que se banhavam acompanhadas por um macaco, com um rabo avermelhado.

Eram 11H30M quando chegamos a Kuala Tembeling onde aguardamos o autocarro que nos irá levar a Kuala Lampur, não antes de reparar que ir para a selva exige bastante roupa e uma boa apresentação.

Chegados ao destino, depusemos as malas e partimos para um conhecimento prévio da Chinatwon da cidade.

Depois de percorrer a Jin Petaling, autêntica feira chinesa a céu aberto, com ofertas para todos de grandes ‘’marcas’’, com a confusão de trânsito e pessoa já tradicional nestas paragens, pelo que, decidimos deixar a visita aprofundada para outro dia.

Partimos em direção ao’’ shopping’’ Pavillon, situado na área de Bukit Bitang.

Ali chegado, e depois de uma breve volta pelas redondezas, decidimos jantar num restaurante de comida libanesa, uma experiência interessante já que o tipo de alimentos são parecidos com os nossos gostos mediterrânicos.