sábado, 3 de novembro de 2012

De Varanasi a Delhi


Último dia

 
Chegámos a Delhi ao alvorecer. Desta vez num comboio mais confortável, mais limpo e mais rápido. Conseguimos dormir.

Connosco dormiu um rapazinho turco de poucas palavras mas muito preocupado com a sua bagagem, pediu-nos para trancarmos a porta da cabine durante a noite, deve ter sido roubado!

Hotel, banho, que nós portugueses somos muito limpinhos. Não o seríamos no tempo do Vasco da Gama. Devemos ter chegado tão sujinhos, que até hoje ainda não nos reconhecem. De uma maneira geral não sabem onde fica Portugal. Encontrei um miúdo que timidamente me perguntou de onde eu era e que rapidamente disse, Vasco da Gama. Quis tirar-lhe uma fotografia mas desatou a fugir, ainda fui atrás dele mas nunca mais o vi.

Voltámos ao bairro velho para comprar especiarias, e à confusão do trânsito.

Mas desta vez, já com o saber de experiência feita, desfrutámos com prazer todo aquele caos feito de toda a espécie de veículos, apitos estridentes, calor, pó, gente muita gente impávida e serena. Não se irritam. E como não vimos acidentes, embora haja um toque ou outro de menor importância, deduzimos que, aquela quantidade de deuses devem servir para alguma coisa.

Comprei curcuma, cardamomo e açafrão, não sei ainda o que lhes vou fazer, talvez uma canção.

Para nos refazermos fomos tomar chá ao hotel The Imperial acompanhado do que se vê na fotografia.

Voltámos ao hotel para nos prepararmos para a viagem de regresso a lisboa. Desci mais cedo para o átrio e disfrutei de uma autêntica passagem de modelos, made in índia. Estava a decorrer uma festa de um casamento sick. Eles, de porte orgulhoso, ostentavam belas barrigas e imponentes turbantes e elas brilhavam de cor prata e ouro.

THE END
25/10/2012
A de F











 

 

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