Último dia
Connosco dormiu um rapazinho turco
de poucas palavras mas muito preocupado com a sua bagagem, pediu-nos para
trancarmos a porta da cabine durante a noite, deve ter sido roubado!
Hotel, banho, que nós portugueses
somos muito limpinhos. Não o seríamos no tempo do Vasco da Gama. Devemos ter
chegado tão sujinhos, que até hoje ainda não nos reconhecem. De uma maneira
geral não sabem onde fica Portugal. Encontrei um miúdo que timidamente me
perguntou de onde eu era e que rapidamente disse, Vasco da Gama. Quis tirar-lhe
uma fotografia mas desatou a fugir, ainda fui atrás dele mas nunca mais o vi.
Voltámos ao bairro velho para
comprar especiarias, e à confusão do trânsito.
Mas desta vez, já com o saber de
experiência feita, desfrutámos com prazer todo aquele caos feito de toda a
espécie de veículos, apitos estridentes, calor, pó, gente muita gente impávida
e serena. Não se irritam. E como não vimos acidentes, embora haja um toque ou
outro de menor importância, deduzimos que, aquela quantidade de deuses devem
servir para alguma coisa.
Comprei curcuma, cardamomo e
açafrão, não sei ainda o que lhes vou fazer, talvez uma canção.
Para nos refazermos fomos tomar chá
ao hotel The Imperial acompanhado do
que se vê na fotografia.
Voltámos ao hotel para nos
prepararmos para a viagem de regresso a lisboa. Desci mais cedo para o átrio e
disfrutei de uma autêntica passagem de modelos, made in índia. Estava a
decorrer uma festa de um casamento sick. Eles, de porte orgulhoso, ostentavam
belas barrigas e imponentes turbantes e elas brilhavam de cor prata e ouro.
THE END
25/10/2012
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