Nascer do Sol no Ganges em Varanasi.
O céu está a clarear e o mini-autocarro parado no trânsito. Mas
quem conhece a cidade sabe os vários caminhos para chegar ao Gath.
Neblina ligeira. Pouca gente nas escadarias. Algumas
lavadeiras no seu trabalho.
Silêncio, no barco assistimos ao nascer do sol saindo da
névoa. O nosso guia reza uma prece.
O barco segue rio acima. “Gaths”, escadarias sagradas que
vão dar ao Ganges, palácios e albergues para peregrinos e para doentes graves
que querem ser cremados no local sagrado, seminários e hospedarias para
turistas. Um corpo a ser cremado no meio da lenha adquirida no comerciante
local. Flores e lamparinas correm no rio.
O Ganges continua calmo e forte.
Em frente, o Museu Arqueológico de Varanasi que mostra
estátuas de Buda e outras obras hindus recuperadas do antigo templo destruído
há séculos por islamitas.
Mas Varanasi está em festa!. É o fim da semana das
festividades dedicadas à deusa Durga. É uma festa de família e de bairro. Em
muitas ruas são erguidos altares da deusa com a sua imagem e de outros deuses da
sua relação. Há oferendas de flores e açúcar. Há música e dança. Faz lembrar os
Santos Populares.
Hoje os altares são oferecidos ao deus Brama. Em camiões e
atrelados seguem as imagens e as famílias até ao “gath”. Aí ao som dos tambores
e das danças dos rapazes, as imagens são transferidas para as barcaças, que se
distanciam da margem. Nas barcaças reza-se e as imagens são atiradas ao Ganges
e deslizam ao sabor da forte corrente. Os passageiros da barca debruçam-se e
atiram água por cima dos seus ombros. È uma festa muito alegre e cheia de cor.
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