Nesta Primavera inesperadamente um amigo partiu crente na
viagem da sua alma. Desejo que ela se esteja a concretizar porque quem assim
acredita a merece. Por mim quem parte, fica diluído e impresso dentro daqueles
com quem criou memórias. Ele ancorava-se numa fé e acreditava em explicações
para a nossa existência que estão para além da minha compreensão. Há múltiplas formas de lidar com o mistério da vida porque ele nos ultrapassa a
todos, crentes e não crentes. Mas isso pouco importa porque com ele aprendi que,
quando há espaço para se partilharem as certezas de cada um, se alimentam e
crescem as dúvidas de ambos e são elas, as eternas perguntas, que dão sentido à
vida com indagação. Assim, talvez, menos certezas darão mais paz nas
probabilidades da inexata humana matemática.
Deliciosa é a diferença que consegue unir.
PS: Achei graça ao modo como esta árvore tem sido podada. Recorda-me que somos "(...) somos jardineiros e não flores".
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