quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Hakone e Monte Fuji


Se vamos ao Japão é obrigatório ir ver o Monte Fuji. 
De onde? Dizem os roteiros - se há nevoeiro não se vê. É preciso escolher - por Gotemba ou por Hakone, ou …? Escolhemos Hakone por um critério de variedade de atractivos. 
Para Hakone, 90 Kms 1h e picos, como é? Consulta-se o Hyperdia: hora de partida, percurso, horários de chegada e partida, rede, plataforma de acesso e temos Ikebukuro (Tóquio) – Shinagawa - Odawara – Hakone. Até Odawara em JR e de seguida com outro operador.
Quase todos pela primeira vez em Shinkansen (TGV). De Shinagawa a Odawara. E lá vamos nós. Pelo caminho sempre com casas, mesmo em meio agrícola, casas, armazéns, fábricas e campos de arroz e de hortícolas. E, surpresa, o Monte Fuji, ao longe, altaneiro com o seu cone quase perfeito. Vimo-lo pela primeira vez.
Em Odawara, procura de bilhetes para Hakone, e zona envolvente.
Na estação indicam-nos um escritório de uma agência de viagens: passe para 2 dias, circuito completo por 4.000 ienes, ou pagamento de cada percurso: Odawara-Hakone (Combóio); HaKone-Gora (Combóio); Gora-Sounzan(Funicular); Sounzan -Togendai Lago Ashi(Teleférico); no Lago Ashi até Moto-Hakone (Barco) e Moto-Hakone-Odawara(Autocarro). Conclusão fica mais barato o passe. 
Viagem fantástica pelo Monte Hakone. Encostas íngremes de floresta de cedros e bambús, de um verde intenso e já com alguns matizes vermelhos de Outono. 
Grandes escarpas, rios no vale, o combóio a subir por etapas: primeiro percurso, faz agulha, o maquinista e o controlador mudam de posição e o combóio segue na nova direcção subindo mais um troço e assim por mais três ou quatro vezes até chegarmos a Chokoku-no-Mori. Não há tempo para visitar o Museu de ar livre, Picasso de seu nome, pois quer o teleférico quer o barco encerram às 17 horas). Em Gora, subida a pique pelo funicular e depois o teleférico. 
Duas paragens sobre o monte Komagatake e na segunda lá estava o monte Fuji, imponente face às montanhas que o rodeiam e com uma coroa de nuvens na sua base. Apesar de nesta altura não ter neve, o seu quase cone perfeito que é o símbolo maior do Japão. 
Nas encostas da montanha grandes fumarolas sulfúricas comprovam o Japão como terra de vulcões.
Almoço em Togendai na estação do barco. Não encontrámos restaurantes na pequena aldeia. Nesta, junto ao lago, pequenos cais de barcos de pescadores e um cais de gaivotas de recreio.
Junto à estação um cais onde acostam os galeões que nos levarão para a outra extremidade do Lago. E lá seguimos no barco dos corsários pelo lago de águas azuis rodeado por escarpas íngremes e verdes. E na primeira paragem no extremo do lago, em Moto-Hakone, de novo o Monte Fuji com a sua forte presença. 
Na última paragem do barco, perto do grande Tori, o autocarro para Hakone. Aqui, alguma desorganização da transportadora, momentos de espera, mas, para compensação, fomos diretos a Odawara. 
Shinkansen, transbordo em Shinagawa e finalmente Tóquio Central Station.
Jantar na Ramen Street. Onde fica? Pergunta-se – é sempre o melhor. E a gentileza da menina do shopping levou-nos até perto desta rua situada no labirinto do centro comercial que reside por baixo da estação e dos prédios vizinhos. 
Teve de ser – “ramen” – sopa de massa. Com carne de porco fumada e algas. Sabor intenso da carne fumada. Mas também havia tempura e …

Para acabar o dia em grande, pelas 23h59, alguns saltam da cama, outros da banheira. A terra treme. Seis.dois na escala de Richter. Estamos no Japão.
Rosa e Alberto  














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