sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Tóquio

Tóquio

Iniciámos o dia pela visita ao parque do Palácio Imperial.
Bases de grandes pedras, bem aparelhadas sobre as quais existiam outrora construções em madeira desaparecidas pela acção do fogo.
O acesso ao Templo Asakusa faz-se por uma rua ladeada por pequeninas lojas, cheias de tudo muito arrumado e sempre, como era de se esperar, com embalagens lindíssimas como só os japoneses sabem fazer.
Vimos de perto e de longe a Torre Skitree o ponto mais alto de Tóquio. Não subimos, era muito alta. Uma estrutura metálica de um mate prateado. A torre assenta numa construção em betão. Tadao Ando o arquitecto, adquiriu tal sabedoria na composição do betão que a superfície ao tacto é lisa macia, longe da aspereza das construções em betão comum.
O Museu Hokusai é uma bela peça de arquitetura cujos autores foram prémio Pritzker (Sejima/Nishizawa). De um enorme bloco revestido com grandes placas de alumínio, foram feitos cortes e abertas fendas triangulares  para a entrada de luz.
Lá dentro Hokusai o tal da “Grande Onda”, mostra-nos toda a sua maestria no desenho e grande conhecimento da anatomia do corpo humano.
A grande quantidade de pequenos cadernos cheios de estudos da figura humana, nas mais variadas posições executando tarefas do quotidiano.

Particularidades desta terra
Não há lixo no chão e não há caixotes do lixo. Há frequentes proibições de fumar na rua e obviamente não há beatas no chão (os japoneses devem ficar horrorizados com os milhões de beatas no chão de Lisboa). Em certas zonas das ruas há cinzeiros e aí pode-se fumar. Nos cafés e restaurantes onde entrámos há zonas para fumadores.
Aqui o trânsito faz-se pela esquerda, no metro, no chão, há setas indicando a direção da circulação. Enfim, em todo o lado há instruções para tudo. As pessoas fazem filas em todo o lado, no metro, na rua, nos restaurantes e nos cafés. Respeitam os semáforos.
As casas de banho, limpas e sempre com papel estão cheias de avisos, sinais de proibição e instruções de como funciona a sanita. Há dias, irritada por não encontrar o botão da descarga carreguei em todos. Ouvi um apito, tinha disparado o alarme. Quando saí um diligente funcionário veio a correr ver o que se passava.
Desculpem mas tenho de prosseguir com o tempo fascinante das sanitas. Muitas têm o acento aquecido, e quando nos sentamos (e fazemo-lo sem receio pois estão sempre limpas) e temos que nos sentar para que ela exerça todas as suas funções, ou seja, deita água no início para abafar qualquer ruído inconveniente, depois sai um repuxo e por fim a descarga final.
Os japoneses não falam, não cumprimentam, não olham para nós. Dão encontrões e não pedem desculpa, no metro tão pouco cedem o lugar. Nem o meu cabelo branco tão raro por aqui os comove. No entanto quando abordados para pedir alguma informação são extremamente calorosos.

a de Freitas









1 comentário:

  1. Oh a de Freitas, muito gostámos de ler o teu texto. Podes continuar. Bjs para todos, t+m

    ResponderEliminar