domingo, 6 de novembro de 2022

Jordânia- Wadi Run a Al Karak

 WADI RUN a AL KARAK

Dormir no deserto tem um encanto especial.

Silêncio e um céu estrelado como não se encontra em outros lugares.

O acordar bem cedo é quase obrigatóriopara poder usufruir de uma luz matinal que realça os contornos das montanhas que sobressaem da areia laranja aveludada que o compõe.

Saídos do acampamento após o pequeno almoçoem direção á vila de Wadi Rumonde nos esperava o carro em que nos temos deslocado ao longo do todo o trajeto e ali estacionado, mesmo em frente da casa do nosso guia.

Tomamos a estrada em direção a KARAK, quando paranosso espanto, poucos quilómetros adiante, deparamos com uma estação de caminho de ferro abandonada e diante da mesma, um comboio dos princípios do século passado.

Este comboio afinal esteve ligado aos acontecimentos, que decorreram da Revolta Árabe de 1917, retratado porLaurence da Arábia.

Este comboio inicialmente movido a vapor e mais tarde modificado para mover-se a diesel, era utilizado na ferrovia de Hejaz, que foi construída pelos otomanos entre 1900 e 1908, principalmente para facilitar a peregrinação aos lugares sagrados muçulmanos.

Com a revolta árabe e a retirada dos otomanos, ele ali ficou até aos dias de hoje completamente abandonado.

Prosseguindo a nossa viajem voltamos à estrada do deserto – quilómetros de estradas inóspita sem vegetação ou ponto de interesse.

A meio do trajeto desta estrada com um desvio de cerca de 2 Km encontra-se a vila de Ma’na, ao que consta com a quase totalidade dos seus habitantes são muçulmanos, que para aqui se deslocaram no Século passado, aquando da vinda do Seik Abdullah em 1920.

Retomamos o percurso e passado hora e meia de caminho chegámos a KARAK

Depois do breve almoço e após deixarmos as bagagens no hotel, partimos á visita do imponente Castelo de KARAKque foi erguido há cerca de três mil anos, situado junto da célebre estrada do Rei.

A sua posição estratégica no caminho para Jerusalém foi o motivo pelo qual os cruzados Francos aqui permaneceram entre 1142-1188.

Seguiram-se os Aiúbidas do Rei Saladino entre 1188-1264e os Mamelucos por mais 250 anos.

Os estilos europeus, bizantinos e árabe, são bem visíveispelo que resulta de uma sobreposição de estilos, que refletiam as culturas dos seus ocupantes.

Este castelo é o segundo maior da Jordânia.

Helder T. 










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