Petra 1 - O poder da água
A partir da porta de entrada (junto ao Museu) começa a caminhada que, a pouco e pouco, nos aproxima do sinuoso desfiladeiro (Al Siq) que nos envolve na elegante imponência dos corpos rochosos com que nos ladeia, esculpidos pelo poder da água e da erosão.
Descida suave, abrigada do sol pela altura das escarpas que apenas vão deixando ver o céu em estreitas tiras.
No início do percurso só algumas aberturas de cavernas escavadas nas rochas mas, a pouco e pouco, volumes extraídos das superfícies vão configurando o afago das mãos que, ao longo dos séculos, os nabateus influenciados por diversos povos e culturas nelas fizeram abrigos para os vivos e para os mortos (jazigos, anfiteatro, igreja e edificações monumentais).
Depois da imersão no desfiladeiro surge um cenário iluminado com volumes extraídos do fundo da parede de pedra, escavações de desconcertante imponência fazem a fachada do Al Khazneh, o Tesouro, com 45 metros de altura e fachada ornamentada à maneira greco-romana e oriental.
A partir daqui e quem segue em direção ao lado oposto do outro extremo do complexo, há uma espécie de planalto protegido por maciços rochosos, onde se esconde uma íngreme subida que depois de vencida desemboca noutro planalto, onde se encontra o Mosteiro “ Ad-Deir”.
A percepção actual de quem percorre as diversas edificações já minimamente postas a descoberto, estudadas e consolidadas, sente que ao longo de muitos séculos, este local atraía pela proteção que oferecia e pelo poder da água que ali confluía, através dum complexo sistema de condutas, represas e depósitos.
Alguns dados históricos
O reino dos Nabateus construíram Petra no coração das montanhas há mais de dois mil anos.
Prosperaram entre os anos de 300 a.C. e 106 d. C. quando foi conquistado pelos romanos.
Foi ponto importante das rotas comerciais que ligavam a Mesopotâmia e o Egipto.
Na actualidade podem ver-se, entre outras construções, fachadas laboriosamente construídas ao longo dos desfiladeiros de arenito rosa.
L. S. & IRS
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