quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Malaca


 
Iniciamos cedo a nossa viagem de Kuala Lampur a Malaca, com um tour em Lisboa e para espanto nosso aguardava-nos um táxi com um motorista de origem chinesa e um guia de origem indiana – Sr. Godwin Miranda.

Conhecia bem os costumes portugueses já que havia tido um professor na escola primária chamado Teixeira.

De Kuala Lumpur a Malaca são duas horas e meia, que serviram para em conversa nos esclarecerem por razão havia tantas plantações de palmeiras alinhadas e a perder de vista.

A produção de óleo de palma é bastante lucrativa, pelo que, os agricultores, incendeiam a selva matando flora e animais, para plantarem esta palmeira.

Acontece que o orangotango foi quase extinto da selva malaia com estas queimadas, denunciadas por Bruno Manza, fundador de uma organização para a sua proteção e que desapareceu anos mais na selva.

Chegados a Malaca iniciamos a nossa visita pela capela de S. Peter's - para nós S. Pedro, já que aqui encontramos sepultados portugueses do século 19 que aqui viviam. A igreja é bastante austera e com um altar comum ao que se usa nas aldeias portuguesas.

Prosseguimos a visita pelo um templo chinês que foi construído pela mulher do sultão de Malaca que era de origem chinesa.

Antes da chegada dos portugueses, a presença dos chineses já era muito forte nesta cidade que realizado um forte comércio com a China, e para selar essas relações o sultão casou com uma princesa chinesa, a quem ofereceu oito mil hectares de terreno. Nesse terreno construiu um poço que fornecia água à população local. Quando os portugueses aqui chegaram os malaios envenenaram o poço para os matar. Mais tarde os portugueses fizeram o mesmo aos holandeses.

De seguida fomos até Kampung Mortan ver a Vila Santosa com casas de 1920 de construção típica malaia, todo este trajeto realizado por um canal e de barco, onde pudemos ver uma iguana a nadar. 

Saídos do mesmo chegamos a uma praça, considerada a zona histórica onde se situa a igreja luterana do tempo de ocupação holandesa - Christ Church.

Nesta praça pode-se alugar uns “tuc-tuc” de Malaca, que são bem "pirosos".

Subindo em direção á igreja de S. Paulo, construída pelos portugueses, que tem á sua frente a estátua de S. Francisco Xavier, ali sepultado durante nove meses, após a sua morte na China, sendo enviado depois para Goa.

Desta igreja avista-se a porta de Santiago, a única entrada que resta da fortaleza portuguesa, conhecida como a Samosa.

De seguida uma visita á zona histórica da cidade, onde se pode apreciar a mistura de arquiteturas chinesa, portuguesa, malaia, holandesa e inglesa.

Aqui alguns  restaurantes oferecem pratos portugueses com ingredientes chineses.

Ainda houve tempo para nos arredores visitar um bairro, ao que dizem, com os descendentes de portugueses que foram ficando, reparamos que a toponímica e o nome de alguns restaurantes em português, embora os residentes. Com quem tivemos a oportunidade de conversar, são cerca de 2.000, já muito dificilmente pronunciam uma frase completa na língua de Camões.

Após esta visita retorno a Kuala Lampur.











 

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