terça-feira, 30 de outubro de 2018

Índia

Goa, Panjim 1

Em Goa optámos por ficar alojados em Panjim, numa zona contígua ao sítio do Altinho (Goa Crawn Hotel).
Pela manhã iniciámos a nossa visita pela zona envolvente onde começámos logo a sentir algo familiar. Da arquitectura à toponímia, passando pelos autocolantes de símbolos de clubes de futebol portugueses nos vidros dos carros.
Rapidamente encontrámos a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Igreja Matriz de Panjim. Construída em 1619 sobre uma antiga ermida edificada em 1541. Actualmente mantém praticamente a sua planta de origem.
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição coroa uma imensa escadaria conferindo-lhe, assim, um acentuado destaque sobre a cidade.
A sonoridade da língua atraiu as atenções dos que estavam nas nossas proximidades. Um solicitador que nos facilitou, junto do vigilante, a possibilidade de tirarmos fotografias no interior da igreja, dizendo “são portugueses”. No adro, quando nos organizávamos para ir para o Bairro das Fontaínhas, o senhor Eurico, um gôes que vive em Portugal e que aqui também está de visita a familiares, juntou-se ao grupo. Palavra puxa palavra e uma conversa interessante que passou pelo relato de alguns aspectos da vida goesa antes e depois da “ocupação” indiana ou desocupação pelos portugueses.
Aquele ajuntamento de falantes em português justificou que alguém tenha ido buscar o Padre responsável pelas missas em português e que tinha feito os seus estudos na Faculdade de Letras. Tirámos fotos para recordar aquele encontro.
Finalmente fomos em direção ao Bairro das Fontaínhas. A imagem geral da arquitectura e a toponímia fazem-nos sentir algo de estranho. É uma espécie de cozido à portuguesa salpicado de caril.
Durante este deambular o Sr. Eurico voltou ao nosso encontro e levou-nos ao restaurante “Viva Panjim”, apresentando-nos à proprietária e aconselhando-nos algumas iguarias.
Na rua do Povo de Lisboa, está a Fundação Oriente onde pudemos ver uma exposição do pintor de Goa, António Xavier Trindade (1870-1935), e outra do jovem fotografo português Nuno Lobito.
Ainda antes do almoço, num momento de descanso, tomámos um bom café (pelos parâmetros da Índia) no “Old Quarter”, um pequeno hotel, relativamente recente, com uma decoração e um ambiente bastante simpáticos.
O jovem que nos atendeu fala fluentemente português e tenciona continuar os estudos de língua e literatura portuguesa em Portugal.
Acabámos a jornada com um jantar no restaurante Benite com comida interessante mas serviço lento e relativamente caro.












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