terça-feira, 30 de outubro de 2018

Índia

Goa, Pangim, Fortes e praias

Queríamos visitar a linha de fortes que defendiam Goa e desfrutar das praias situadas a norte da cidade de Pangim. Optámos por contratar um tour à nossa medida.
As praias de Candolim e Calangute apinhadas de gente revelaram-se uma decepção, talvez por ser domingo. A praia de Baga, menos frequentada, permitiu-nos contemplar melhor o seu recorte e experimentar o caldo das suas águas.
Não há dúvida, que é a partir dos fortes que  se consegue  observar com desafogo a amplitude dos areais e do magnífico recorte desta parte da costa do Malabar.














O dispositivo de  defesa do rio Mandovi assentava, sobretudo, numa linha de fortes que barrava a entrada pela foz aos navios inimigos e era constituído, na margem sul do rio, pelos fortes de Nossa Senhora do Cabo e Gaspar Dias (este ficou por concluir) e, no lado norte, pelos fortes dos Reis Magos (também conhecido como fortaleza de Bardez) e o da Aguada.

Forte e Igreja dos Reis Magos
O Forte dos Reis Magos foi construído sobre uma fortaleza muçulmana dos meados do século XV, durante o governo de D. Afonso de Noronha entre os anos de 1551-1554. Em 1703 foi inteiramente reconstruído, tendo um papel decisivo no sucesso de defesa do ataque dos Maratas em 1739.
Junto à fortaleza situa-se a igreja dos Reis Magos, fundada pelos monges franciscanos, no ano de 1555, que a partir daqui desenvolveram um vasto trabalho missionário na região de Bardez.






Forte da Aguada
O Forte da Aguada foi concluído em 1612 durante os mandatos do vice-rei Aires de Saldanha e Rui Lourenço de Távora. Na base da fortaleza existia uma fonte, da qual brotava água potável em abundância, o que fez deste local paragem para abastecimento das embarcações.
Actualmente uma parte do Forte de Aguada está aberta aos turistas (grátis) e outra, talvez a mais significativa, é ocupada por dois hotéis de luxo que desfrutam de amplas vistas sobre o Indico.






Forte de Chaporá
Mais a norte fica a fortaleza de Chaporá construída pela engenharia militar portuguesa em 1617 com função de defesa das populações de Bardez e da foz do rio Chaporá.
A sua história é bastante atribulada. Trinta e um anos após a sua construção (1648) cai às mãos dos Maratas, sendo recuperado em 1717 pelas tropas portuguesas. Em 1739 o exército Manata apoderar-se novamente da fortaleza e nove anos depois volta para o domínio  português até 1825, ano em que foi desocupado por falta de interesse estratégico.
À semelhança dos restantes fortes goeses aparenta uma planta poligonal com um conjunto de baluartes octogonais. Actualmente a muralha apresenta um baixo grau de conversação. A generalidade dos seus muros estão parcial ou totalmente degradados. A capela de Santo António, já desaparecida, situava-se no centro do espaço amuralhado.
A paisagem que se pode observar a partir daqui é magnífica. O acesso a este forte encontra-se, neste momento, dificultado por via da construção de uma estrada que, no futuro, nos levará mais perto da porta de entrada.






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