sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Índia

Tekady - Lago Peryar

Percurso até ao lago de autocarro, não são permitidos carros na reserva. Grande agitação na entrada com todos a quererem passar à frente. Éramos os únicos estrangeiros.
Foi divertido observar o comportamento quase infantil das pessoas. Depois no barco nova confusão com o vestir dos coletes de salvação. Parecia uma visita de estudo de uma turma mal comportada.Por fim todos sentados e calados para não assustar os tigres. Tigres que não vimos ainda que os tivesse-mos visto, nas lojas, estampados em tudo o que eram "recordações". Disseram-nos que após as monções há muita água na reserva por isso os animais não vêm beber ao lago. Mas vimos outros animais, antílopes, muitas aves, tartarugas e macacos. As árvores das "cook flawers”, de onde em onde distinguem-se, vermelhas, no meio do verde intenso da vegetação. No lago "plantaram" troncos secos de árvores para os ninhos das águias.
Saímos do parque e fomos ver elefantes domesticados para passearem turistas.No final de cada passeio bebiam água. Uns pelos seus próprios meios enchiam a tromba e projectavam a água na boca, a outros, menos habilidosos, o tratador enfiava-lhes a mangueira da na boca.
Mais tarde passeámos por uma aldeia onde fomos abordados por miúdos que nos pediam canetas. Lamentei ter-me esquecido de as levar. Deviam fazer parte da nossa bagagem. Prosseguimos por uma quinta, pertença de um grupo religioso, já meio abandonada. A casa estava transformada em albergue de crianças desfavorecidas de aldeias próximas e que nela residiam para terem acesso à escola.
No caminho ao longe vi dois miúdos abraçados que regressavam da escola.Eu estava a fumar. Pararam curiosos a olhar para mim. Percebi no nosso mau inglês que era a primeira vez que eles viam uma mulher a fumar. Lá lhes disse que no meu país, homens e mulheres tinham os mesmos direitos. Confrontei-me depois com uma pergunta embaraçosa, de resposta difícil de ser entendida por crianças educadas, presumo eu, na disciplina rígida do catolicismo. Porque é que eu fumava? Sorri...e mais não disse.
Pediram-me depois para fazerem uma selfie.

No fim do dia fizemos as nossas compras de especiarias. Encontrámos uma loja onde não nos impingiam os produtos e pudemos fazer livremente as nossas escolhas.















 a de Freitas

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