sábado, 18 de janeiro de 2020

Buenos Aires, Palermo - último dia I

Chegado o dia de deixar Ushuaia, "terra do fim do mundo", e fazer a viagem de regresso a Buenos Aires.


No dia seguinte seria o último dia na Argentina e em Buenos Aires.

Regressar a um local permite que o desassossego do desconhecido se esvaia e o olhar repouse em algo com sabor familiar.
Se da primeira vez, aquando da chegada à Argentina, tínhamos apanhado os dias da passagem do ano e com isso muitos museus estavam encerrados, neste regresso, numa 3ª feira, coincide com o dia de fecho da maioria. 
Tendo em conta essa contrariedade começámos por visitar o Teatro Colón. Vimos o edifício por fora porque para o visitar por dentro teria de ser em visita guiada e custava 1.000 pesos. Contíguo ao Teatro Colón está o teatro Cervantes que debaixo de uma grande chuva observámos ao longe e acolhidos debaixo de um abrigo.
Procurar autocarro que nos levasse ao Ateneo Grand Esplendie. Belo espaço adaptado a livraria.



Para irmos para San Telmo apanhámos o metropolitano. Na estação em que saímos uma imagem me agarrou. "Siempre es hoy" ali estava algo que se ligava a Jorge Luís Borges e à sua "História da Eternidade" que me acompanha nesta viagem. 


Almoço no restaurante Desnível. Regressar onde já tínhamos almoçado no primeiro dia em que aterramos na Argentina. 
Recomendamos.

Retemperados e com o sol à nossa espera, finalmente a chuva e trovoada afastaram-se do horizonte, rumámos a pé até ao Museu de Arte Contemporânea de Buenos Aires (MACBA), único aberto à 3ª feira.


No Museu duas exposições.


 


 

Exposição colectiva




 Curioso foi encontrar esta peça de Mariano Vilela e ter estado, uns dias antes, à conversa com um seu familiar, Galego que vive em Badajoz, num passeio de barco no tour "Todos os glaciares" em El Calafate.
Muita tristeza de não termos podido ver entre outros o Museu de Arte Latino Americano.

Depois fomos de autocarro até à Praça de Itália e entrámos em Palermo Velho. Quando, para nos orientarmos, procurámos saber onde estávamos era a Rua Jorge Luís Borges que nos tinha dado entrada neste animado bairro. 
Entrámos num café e, num folheto turístico, ficámos a saber que um quarteirão mais à frente estava a casa onde Borges tinha passado a infância, número 2135. Esse mesmo local é referido pelo escritor na sua deliciosa definição de eternidade "formulado no livro "Idioma dos Argentinos", na página intitulada "Sentir-se na morte", em 1928" e que ele transcreve no capítulo IV de "História da Eternidade", Quetzal, 2012 que me acompanha nesta viagem.
Depois percorremos a Rua Jorge Luís Borges até à Praça Serrano.










IRS



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