segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

De El Calafate até Ushuaia

Último dia em El Calafate. 
Agora que já nos conseguimos situar na cidade percorremos as ruas de El Calafate de forma mais descontraída e podemos rememorar a dimensão dos glaciares e dos vales que a rodeiam e que teimam em não caber nas  tentativas de as aprisionar nas virtuais fotografias. 
Tempo ainda para uma visita ao espaço museografico do Parque Nacional de los Glaciares. 




Para finalizar voltar ao café “Casa de los Pioneros ” no Hotel del Glaciar para usufruir da simpatia do Cláudio. Quem viajar aconselhamos www.glaciar.com
Através do Cláudio tivemos a indicação de um excelente guia - que aconselhamos -com serviço de carro, Alejandro Uran (+54 92966541913).


A meio da tarde viagem até ao aeroporto para voar rumo às terras do fim do mundo, Ushuaia para lá do Estreito de Magalhães. 

Aterrar numa península em que a cidade de Ushuaia, estreita e longa como uma cobra, estende o seu corpo junto aos volumes das elevações coroadas de branco. 
Jantar no Volver, negócio de ex prisioneiro. Ficámos a saber que os presos tiveram muita relevância na construção de Ushuaia.


No dia seguinte partimos para uma visita ao Parque Nacional Tierras del Fuego que se iniciou com a viagem no “Tren del fin del mundo”. 
A paisagem está povoada de cepos cinzentos, espólio dos cortes de árvores realizados pelos prisioneiros. Estes restos mortificados sugerem um cemitério. 
Cavalos usufruem agora destes espaços de liberdade onde não se vislumbra nenhuma regeneração de árvores. 
Parece um território em período de luto pela devastação sofrida. Os despojos agora, no verão, repousam nas terras humedecidas e, no inverno, estarão  cobertos pela neve. Ao frio e à neve devem a sua conservação. 

A tentativa de fuga do prisioneiro Pipo deu nome ao rio que fomos contornando dado que, o seu corpo, aí foi achado congelado. 

Durante a viagem iam sendo dadas informações sobre o tempo em que este local foi usado como desterro para diverso tipo de condenados. 
Em 1947 foi encerrado o presídio da terra do fogo e, em 1952 deixou de funcionar o comboio em que agora se faz este turístico percurso. 

O primeiro trabalho dos prisioneiros foi construir o presídio e depois deste estar concluído a madeira que cortavam serviu para outras edificações e para o indispensável aquecimento e, assim, foi nascendo e crescendo Ushuaia. 

Terminada a viagem no comboio retomamos o táxi que tínhamos contratado. Seguimos para ver alguns dos pontos de interesse deste Parque. 
Contornando o Canal Beagle fizemos paragens na Ensenada Zaratiegui, Lago Acigami e Laguna Verde. 












Regressamos a Ushuaia para almoçar. Durante a tarde pretendíamos visitar os diversos núcleos museograficos  instalados no presídio. O preço da entrada, de mil e duzentos pesos, dissuadiu-nos. Apreciámos o espaço exterior do presídio. 
O resto da tarde deambulamos sem destino pelas ruas do centro junto ao porto. 
Dias muito longos e tempo muito luminoso.






IRS

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