Na estrada para Agra
Estrada boa, com placa central onde mesmo assim circulam carros em sentido contrário. Parece uma auto-estrada mas não é. Gente, rebanhos, vacas, roupa secando nos arbustos da placa central, bosta de vaca espalmada a secar na berma que depois é criteriosamente empilhada e coberta de palha. É usada como combustível na cozinha. O conceito de reciclagem, aqui como em todo o lado, tem a idade do Homem. Mas aqui a forma de armazenar a bosta é mais criativa (ver fotografia). Afinal as paspalhonas servem para alguma coisa, e até dão leite.
Encantadoras e ingenuamente ornamentadas, são as camionetas de transporte de mercadorias. Já toda a gente que aqui veio as fotografou, e nós também. São irresistíveis. Têm o vidro da frente com uma separação central. Ao longe parecem que vêm todas de óculos escuros.
Mais campos cultivados aqui. Manchas de cor agachadas trabalhando a terra. Onde andarão os homens?
Buganvílias, muitas buganvílias, não se vêem outras flores. Também não há por aqui o culto dos vasinhos com flores.
Fathepur Sikri. Extraordinário palácio!
Perfeito diálogo entre os enormes espaços e o equilíbrio volumétrico das construções. Arenito de um avermelhado intenso, sobriedade na decoração mas com apontamentos geometrizantes de grande qualidade técnica. Grande Akbar!
Depois parámos. Um cruzamento. Grande engarrafamento. Todos a chegarem-se à frente. E pronto taparam o sentido contrário. Motoretas chegam e ocupam os espaços que ainda restam. Saem dos carros, gesticulam, param as pessoas que passam. E agora como é que saímos daqui? Surge uma ambulância, começa o movimento, inversões de marcha, e lá se arranja espaço como só eles sabem fazer.
Juro que não há melhores condutores no mundo do que os indianos.
A. de F.
Estrada boa, com placa central onde mesmo assim circulam carros em sentido contrário. Parece uma auto-estrada mas não é. Gente, rebanhos, vacas, roupa secando nos arbustos da placa central, bosta de vaca espalmada a secar na berma que depois é criteriosamente empilhada e coberta de palha. É usada como combustível na cozinha. O conceito de reciclagem, aqui como em todo o lado, tem a idade do Homem. Mas aqui a forma de armazenar a bosta é mais criativa (ver fotografia). Afinal as paspalhonas servem para alguma coisa, e até dão leite.
Encantadoras e ingenuamente ornamentadas, são as camionetas de transporte de mercadorias. Já toda a gente que aqui veio as fotografou, e nós também. São irresistíveis. Têm o vidro da frente com uma separação central. Ao longe parecem que vêm todas de óculos escuros.
Mais campos cultivados aqui. Manchas de cor agachadas trabalhando a terra. Onde andarão os homens?
Buganvílias, muitas buganvílias, não se vêem outras flores. Também não há por aqui o culto dos vasinhos com flores.
Fathepur Sikri. Extraordinário palácio!
Perfeito diálogo entre os enormes espaços e o equilíbrio volumétrico das construções. Arenito de um avermelhado intenso, sobriedade na decoração mas com apontamentos geometrizantes de grande qualidade técnica. Grande Akbar!
Depois parámos. Um cruzamento. Grande engarrafamento. Todos a chegarem-se à frente. E pronto taparam o sentido contrário. Motoretas chegam e ocupam os espaços que ainda restam. Saem dos carros, gesticulam, param as pessoas que passam. E agora como é que saímos daqui? Surge uma ambulância, começa o movimento, inversões de marcha, e lá se arranja espaço como só eles sabem fazer.
Juro que não há melhores condutores no mundo do que os indianos.
A. de F.
Sem comentários:
Enviar um comentário