“O mundo é um imenso livro do qual aqueles que nunca saem de
casa lêem apenas uma página”
Agostinho de Hipona
Decidida a viagem à India comecei a ler sobre a India.
Comecei por ler Uma Ideia da India de Alberto Moravia. Como refere Carlos Vaz
Marques no seu prefácio a India
dos nossos dias já não será a India que Alberto Moravia visitou no princípio
dos anos 60 do século passado. O escritor soube, no entanto, procurar nela os
traços de uma identidade ancestral.
Para Alberto Moravia a India é como o reverso da Europa. A
relação com a morte é completamente diferente –
na Europa o terror da morte sempre suscitou a mais viva aspiração à
imortalidade pessoal e espiritual; ao passo que na India o terror da vida (…)
suscitou a aspiração oposta: o aniquilamento definitivo através da ascese, ou
seja o nirvana.
-
Quando alguém procura – respondeu
Siddhartha – pode acontecer que os seus olhos vejam apenas a coisa que ele
procura, que não permitam que ele a encontre porque ele pensa sempre e apenas
naquilo que procura, porque ele tem um objectivo, porque está possuído por esse
objectivo. Mas encontrar significa ser livre, manter-se aberto, não ter
objectivos .
Para férias nada melhor que um
escritor de viagens, Paul Theroux - Mão
Morta, Um crime em Calcutá.
E bem sobre a Índia actual, o livro
que estou a ler, O TIGRE BRANCO, de
Aravind Adiga. Um olhar actual sobre “ as discrepâncias chocantes entre o luxo
extravagante da elite rica dos boulevards e a luta desesperada pela sobrevivência de quem nada tem. Uma
comédia negra, irreverente que denuncia o lastro de corrupção e vicio que
subjaz ao milagre económico e desmistifica a India lírica e nstalgica que
tantas vezes idealizamos”
Sem comentários:
Enviar um comentário