sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Pushkar

Pushkar

De manhã cedo voltámos à estrada para fazer 279Km. Quem percorre as auto-estradas da Índia cruza-se com vacas, cabras, dromedários, pessoas…, para além dos automóveis, motos, e até camiões em sentido contrário. Tudo com muita segurança. Demorámos seis horas e trinta minutos.

No autocarro o pessoal, como sempre, mantinha-se animado com fervorosas discussões sobre política e religião. Enquanto a parte traseira do veículo filosofava, uma das viajantes “tentava passar pelas brasas” e nos intervalos ajudava o Torun, filho do nosso motorista que connosco tem viajado, a redigir o seu diário da viagem (TPC) em língua inglesa. Neste dia demos pouco atenção à paisagem.

Já passavam vários minutos da duas da tarde quando atravessámos os arredores de Ajmer. Apanhámos um susto, o ambiente voltava a ficar caótico e pesado, mas à medida que nos aproximámos do centro de Pushkar este sentimento desapareceu completamente. Encontrámos lojas muito coloridas e organizadas e vendedores discretos e pouco “pressionantes”.

O hotel, antigo palácio de marajás, inserido num espaço urbano desolador está rodeado por muralhas que encerram um verdadeiro oásis.

Mais tarde visitámos o único templo dedicado a Brama na Índia. Daí passámos pelo lago Pushkar com os seus 52 Gaths, onde, ao pôr-do-sol, assistimos discretamente a rituais hindus. Aqui todos os Hindus devem passar três crepúsculos para limpeza completa dos “pecados”, com banhos nas três gahts mais reverenciadas – Varah, Brama e Gau.

Pushkar está envolvido por um conjunto de montes, sendo dois deles coroados pelos templos de Savitri e Gayatri, primeira e segunda esposa de Brama, respectivamente. Savatri foi substituída num importante ritual hindu pela jovem Gayatri, pelo facto de chegar tarde à cerimónia, devido à circunstância de ter perdido muito tempo a preparar-se para a festa. Lendas Hindus...
















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